Projeto turístico para o Convento de Balsamão vai orçar em cerca de 17 milhões de euros
O complexo turístico depois de concluído deverá criar 80 postos de trabalho diretos e 200 indiretos, além de uma dinâmica própria que terá repercussões em toda a economia das aldeias adjacentes ao convento e mesmo em todo o concelho de Macedo de Cavaleiros.
Publicidade
Um projeto turístico para dinamizar todo o potencial associado ao Convento de Balsamão, situado na freguesia de Chacim, Macedo de Cavaleiros, poderá orçar em 17 milhões de euros, anunciaram os responsáveis numa apresentação realizada no local na passada sexta-feira.
O projeto vai ser dinamizado pela Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição (MIC) que gere aquela estrutura religiosa, tendo como impulsionador o seu Superior Padre Eduardo Novo. Trata-se de um projeto ambicioso mas exequível, que poderá ser executado por fases de forma a transformar toda aquela realidade num dos principais pontos de atratividade turística da região transmontana.
O projeto prevê um conjunto diversificado de ofertas que passam pelo termalismo, agropecuária, agricultura, floresta, entre dezenas de outras mais-valias e atividades a serem exploradas num espaço com mais de 150 hectares de área.
O projeto, como enfatizou Eduardo Novo, será um misto de muitas potencialidades assentes numa trilogia que terá como pano de fundo “a Luz, a Água e o Silêncio”, base para um diálogo de tolerância e de aproximação entre as diferenças e as semelhanças que compõe e enriquecem a complexidade das sociedades e das religiões.
“Este projeto não é um hotel, não são umas termas, não é uma plantação agrícola, não é um espaço com trilhos sensoriais, não é um museu, não é uma biblioteca é tudo isto conjugado”, disse o Eduardo Novo, citado pela Agência Lusa.
Quando estiver em pleno funcionamento haverá infraestruturas para acolher em simultâneo cerca de 200 pessoas, embora, como realçou o responsável, o objetivo não é promover no local um turismo de massas.
Os fundos para a execução do projeto global, que também integrará um hotel de quatro estrelas com mais de 70 quartos, serão angariados a partir de diversas candidaturas aos fundos comunitários disponíveis, devendo a congregação assegurar cerca de 5,5 milhões de euros como a contrapartida necessária para a realização deste autêntico “sonho”. Para isso, Eduardo Novo pediu o envolvimento da comunidade e de todas as entidades.
O complexo turístico depois de concluído deverá criar 80 postos de trabalho diretos e 200 indiretos, além de uma dinâmica própria que terá repercussões em toda a economia das aldeias adjacentes ao convento e mesmo em todo o concelho de Macedo de Cavaleiros.
Toda esta dinâmica de investimento e de dinamização económica, social, religiosa e cultural está subjacente a uma imagem de marca territorial, apresentada no mesmo dia sob a sigla da letra “B” de Balsamão, numa invocação à representatividade e importância que a água e a paisagem possuem neste universo banhado pelo silêncio e pela intensidade da natureza.
Todo o planeamento do projeto aponta o ano de 2025 como a data provável da inauguração.
Publicidade