“Poemo”, poema de Carlos d’Abreu, dito por Carlos d’Abreu
Poemário, rúbrica de Carlos d’Abreu, raiano do Douro Transmontano (1961), Geógrafo (USAL/UC), Arqueólogo (UP/USAL) e Historiador (UPT/USAL), colaborador do Centro de Literatura Portuguesa (UC); investigador, poeta (e diseur), antologista e tradutor; conta com várias publicações nestas áreas.
Poemo
Poemo, serei um poemo
Não o poemo do liçanote
O ácrata engenhoso
Que se julgava quixote
Mas o apátrido poeto
O poeto que se repete
Que se perde e extravia
Se descobre e se encontra
Tanto é peixe alado de boch
Como pássaro remador de parafício
É memória mas também olvido
Nesta sala vazia de agasalhos
Onde o poeta julga estar
Reina apenas a solidão
Talvez tudo não passe
– incluindo-me –
de um equívoco!
Publicidade