Outra vez as sondagens!!
Por fim, o meu maior espanto: então não é que Luís Marques Mendes nos veio corroborar o valor desta recente sondagem?! Inacreditavelmente, teve uma branca ao redor do sucesso das sondagens – é o momento da gargalhada –, até por todo o mundo, não lhe ocorrendo aquele acontecimento histórico do empate técnico que terminou na maioria absoluta que atualmente governa o País.
Tenho de reconhecer que já me tinha ocorrido o tema das sondagens, embora tenha encontrado uma explicação para a sua ausência no facto de dispor o PS de António Costa de uma maioria absoluta, até um pouco para lá de quatro anos, e pelas razões já conhecidas.
Ora, num dia destes, aí nos surgiu mais uma sondagem, anunciando uma espécie de boa nova: o PS a descer, já sem maioria absoluta, o PSD a crescer, embora muito pouco. De modo que me interroguei para minha mulher: mas depois do que se viu há bem pouco, e mesmo antes, até por todo o mundo, será que ainda haverá gente que acredita em sondagens?!
Todos recordamos bem a repetição diária, por vezes com réplicas ao longo de cada dia, daquela garantia de gente sabedora, de que se estava perante um empate técnico entre PS e PSD. Nunca acreditei numa tal realidade, ou teria de, finalmente, ter de reconhecer que os portugueses, para lá do seu pouco interesse histórico pela democracia, ainda acabavam por ser tansos e masoquistas.
Bom, chegaram as eleições e a verdade surgiu logo à tona de água: o empate técnico era, afinal, um abismo. Mau grado tudo, os portugueses estavam muito atentos ao facto de ser o PSD um partido neoliberal, com um máximo de apego a esta triste e repugnante doutrina ao tempo do terno político de Cavaco-Passos-Portas. Enfim, um momento de grande lucidez, percebendo-se o que desde sempre fomos trauteando: mais vale um pássaro na mão que dois a voar…
Claro está que com esta maioria absoluta de António Costa não nos iria surgir ouro sobre azul, mas o certo era que com o PSD de sempre, mesmo com Rui Rio, nos viria a cair em cima um negro de alcatrão. É uma daquelas situações em que só não vê quem realmente não quer ver. De modo que os portugueses lá se livraram de um pequeno inferno – mais um –, para mais por uma decisão que até estava nas suas mãos.
Deste modo, lá foi Rui Rio à sua outra vida, acabando por regressar o passista anteriormente derrotado, Luís Montenegro. A verdade é que, do pouco que passou na liderança do PSD, já deu para perceber que, com Montenegro o passismo estaria de volta. Até ao presente momento, o que se tem limitado a fazer é salientar que António Costa, neste tempo que leva na liderança governativa – 7 anos –, quase nada fez. Por exemplo: não tratou da floresta como se impunha. O problema, como ontem referi, é que o sempre referente Domingos Xavier Viegas nos contou, neste passado domingo, que um modelo seu, e de outros colegas, pressupõe 15 anos. Se tudo correr pelo melhor. Mas, como se sabe que tal comportamento é impossível, poderemos sempre esperar, para esse modelo, 20 ou mais anos. A não ser… a não ser que o modelo de Luís Montenegro, o supremo, claro está, venha a ser aplicado. E o leitor, naturalmente, passa logo a acreditar na treta que se contém na crítica populista, essencialmente destinada a desatentos, do atual líder do PSD.
Por fim, o meu maior espanto: então não é que Luís Marques Mendes nos veio corroborar o valor desta recente sondagem?! Inacreditavelmente, teve uma branca ao redor do sucesso das sondagens – é o momento da gargalhada –, até por todo o mundo, não lhe ocorrendo aquele acontecimento histórico do empate técnico que terminou na maioria absoluta que atualmente governa o País. É caso para recordar Fernando Peça: e esta?!
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