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Dando-me conta de estar perante um quadro clínico que devia ser visto por alguém sabedor da Medicina, liguei para a Saúde 24, onde fui muito bem atendido, que de pronto me pôs em contacto cm a estrutura de saúde que me iria observar.
Tive já a oportunidade de escrever sobre os dois atos de vacinação de que participei, elogiando e excecional organização de toda esta ação e a níveis diversos. Indubitavelmente, a presença de Henrique Gouveia e Melo à frente da força-tarefa que conduz esta ação é a causa principal do êxito que já todos reconhecem.
Tem-se falado de reações adversas após as tomas das vacinas, e foi isto, precisamente, que comigo se deu: surgiu-me uma crise terrível de urticária no braço direito, bem como no lado direito do peito. Dois dias antes, notei que deveria estar com febre, pelo que fui medir a minha temperatura corporal: estava certo, na minha perceção. De modo que a fui medindo quase de 15 em 15 minutos, notando-se uma subida continuada, embora lenta. Aos 38,9 ºC, tomei um Benuron, voltando a repetir a dose, por duas vezes, espaçadas de seis horas. Bom, a temperatura corporal voltou ao normal. Simplesmente, começou a desenvolver-se a tal urticária, até de um modo que assustou quantos a observaram.
Dando-me conta de estar perante um quadro clínico que devia ser visto por alguém sabedor da Medicina, liguei para a Saúde 24, onde fui muito bem atendido, que de pronto me pôs em contacto com a estrutura de saúde que me iria observar. Uma estrutura só ligada às questões que envolvem a COVID-19. Bom, fui muito bem atendido, tendo recebido a indicação de realizar um teste PCR, mas também de tomar uns comprimidos destinados a parar com a torturante comichão. O teste deu negativo, fiquei sem comichão e a urticária já desapareceu, embora continue presente na pela atingida uma cor rosa-claro.
Nos termos do que vim a saber, a Ata Médica Portuguesa terá já publicado, no mínimo, um artigo de autores portugueses onde aborda a correlação entre reações urticárias e algumas das vacinas administradas. E também tomei conhecimento de mais um caso deste tipo, até muito próximo da minha zona residencial. E depois, a recente decisão da Moderna e da Pfeizer, de mandar estudar possíveis reações como a minha. A uma primeira vista, este meu efeito secundário para estar a tender, ao menos assintoticamente, para o normal.
Neste meu caso, recorri às estruturas do Serviço Nacional de Saúde, que foi para onde me encaminharam. Pude comparar, portanto, com toda a envolvente do Lusíadas Lisboa, que tem sido usado pela minha mulher. Naturalmente, encontrei diferenças, embora não no domínio da qualidade médica. No fundo, são todos médicos portugueses, membros de uma classe muito qualificada e justamente prestigiada. Todavia, são grandes as diferenças no domínio do atendimento administrativo, bem como na existência de longas filas de espera, ainda antes da abertura do serviço, pelas oito da manhã. Termino com esta preocupação que vem crescendo em mim: ou bem me engano, ou o Governo está determinado a não superar a real qualidade global que o Serviço Nacional de Saúde realmente justifica. É essencial ter presente que o SNS recebe como utentes concidadãos em situação difícil na sua saúde, pelo que é essencial criar-lhes as melhores condições, e logo no plano psicológico. E atenção: para os portugueses, o SNS é a grande conquista da Revolução de Abril…
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