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Município de Miranda do Douro diz que defender o Mirandês e promovê-lo é um dever e um direito de todos

A autarquia concebe que "defender o Mirandês e promovê-lo é uma obrigação e um direito de todos, mas é uma obrigação fundamental do Estado Português, do Município e das instituições criadas para esse fim".

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O Município de Miranda do Douro anunciou hoje que vai promover medidas no âmbito da defesa do Mirandês, a segunda língua oficial de Portugal. “Defender o Mirandês e promovê-lo é um dever e um direito de todos“, defende o município em comunicado.

Esta preocupação nasceu depois de divulgado um estudo académico, da Universidade de Vigo, Espanha, onde se conclui que o Mirandês está em vias de extinção como língua materna e que ela pode ocorrer já nos próximos 17 anos.

Perante uma conclusão tão grave e dramática, o município de Miranda do Douro não pode deixar de assumir a sua responsabilidade histórica pela situação a que chegou a Língua Mirandesa, nos termos documentados naquela investigação. O Mirandês é o mais notável elemento de união e de coesão de todos os Mirandeses e é também a nossa principal marca identitária e distintiva. É, ao mesmo tempo, um poderoso fator de desenvolvimento económico, é a base da nossa cultura, que também nos distingue, e desempenha um papel de integração social fundamental. Não exageramos se dissermos que o Mirandês é a maior de muitas das nossas vantagens competitivas no contexto nacional, europeu e internacional“, releva fonte da autarquia.

A autarquia concebe que “defender o Mirandês e promovê-lo é uma obrigação e um direito de todos, mas é uma obrigação fundamental do Estado Português, do Município e das instituições criadas para esse fim. Assumindo a sua quota de responsabilidade pela situação de perigo em que a Nossa Língua se encontra, este Município vai adotar um conjunto de iniciativas que conduzam a uma reflexão profunda acerca das causas que nos conduziram até aqui e acerca das opções que temos para, com eficácia e com valentia, defendermos e promovermos a nossa Língua“.

Para isso é necessário que todas as instituições do município, sejam elas da sociedade civil ou de caráter político, económico, social ou cultural, se envolvam num debate alargado sobre as medidas que é necessário adotar “para garantir que o Mirandês seja, cada vez mais, a nossa língua, da família e do trabalho, em vez de estar condenado à extinção“.

As instituições locais, municipais, nacionais e europeias, mas acima de tudo o Povo da Terra de Miranda e cada um de nós, em conjunto, individualmente ou em grupo, temos o dever e o direito de nos envolvermos e todos colaborar nesta nossa missão, incluindo aqueles que não sabendo falar Mirandês reconhecem a sua importância e o seu valor. É este o melhor tributo que podemos prestar aos nossos antepassados que ao longo dos séculos souberam manter viva esta língua extraordinária e nos legaram este precioso recurso“, defendeu hoje o município de Miranda do Douro através de um comunicado distribuído à comunicação social.

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Fonte desta notícia: Município de Miranda do Douro

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