Mirandela apresenta publicamente a sua primeira marca territorial
O Município de Mirandela apresenta publicamente no próximo dia 24 de junho a sua primeira marca territorial, durante uma sessão que decorrerá no Grande Auditório do Centro Cultural de Mirandela, às 18 horas.
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Criada pela Studio Eduardo Aires, a marca pretende ser um instrumento de coesão, desenvolvimento e promoção de todo o concelho, abrindo uma nova era na comunicação estratégica do território.
Eduardo Aires é um dos mais reputados designers portugueses, tendo sido diversas vezes internacionalmente premiado pelos seus trabalhos na área do branding. A sua experiência profissional remonta a 1987 e revela, desde então, uma abordagem multidisciplinar ao universo do design. Entre os clientes do Studio Eduardo Aires contam-se empresas e instituições como a Herdade do Esporão, a Imprensa Nacional – Casa da Moeda, os CTT Correios de Portugal ou a Fundação Calouste Gulbenkian, que atestam da amplitude dos projetos e disciplinas que se têm cruzado sob a sua direção artística. Em 2019 dirigiu o projeto selecionado para o rebranding do Grupo Amorim, líder mundial no sector da cortiça. No domínio do branding territorial, o seu projeto mais reconhecido é o da imagem da cidade do Porto, reconhecido internacionalmente.
O branding territorial é visto como fundamental pelo atual executivo municipal, pois permitirá criar uma narrativa de atração turística, de investimento industrial e de divulgação dos produtos da terra e da produção artística local, essencial à afirmação do território de Mirandela. Sem desperdiçar o capital já adquirido por outros “claims” regionais, como “Terra Quente” ou “Pérola do Tua”, a nova marca inclui-se nas cores, nos produtos e no património de Mirandela, afirmando o seu território como sendo o centro da Região.
O desenvolvimento da marca insere-se numa estratégia mais vasta de criação de políticas públicas transversais, capazes de capacitar todo o concelho, incluindo as várias freguesias, o mundo rural, industrial, comercial, mas também cultural e social.
“Apontámos para o presente mandato vários objetivos de apoio às populações, mas também ao setor económico, que necessitava deste instrumento que, seguramente, irá ajudar a impulsionar as nossas empresas, marcas e produtos”, afirma Júlia Rodrigues, presidente da autarquia. “O mandato que terminou em 2021 foi muito condicionado pelas limitações financeiras que encontrámos no Município e que ultrapassámos com sucesso, mas também pela pandemia, que limitou muito daquilo que poderia ter sido o crescimento económico e social do concelho entre 2019 e 2021. Mas, agora, podemos, finalmente, ter uma perspetiva mais expansionista e fazer uso de fundos comunitários a que nos candidatamos, do instrumento chamado PRR, mas também deste tipo de ferramentas do marketing territorial”, esclarece.
Para a Câmara Municipal de Mirandela, os próximos anos podem, por isso, ser os primeiros de uma estratégia mais vasta, consolidando políticas e cumprindo uma agenda de desenvolvimento com um horizonte que vai além do mandato, e que culmina em 2030.
Esta agenda, ajudará a transformar o território central da região do Tua num polo de atração de investimento, mas também de melhoria de indicadores de qualidade de vida e desenvolvimento social dos que habitam a terra, invertendo a curva de perda demográfica que dura há décadas.
“A marca Mirandela não pode ser um instrumento desligado de uma estratégia muito mais vasta e, por isso, ela surge numa altura em que sentimos existirem as condições para a começar a aplicar, envolvendo todos os setores da nossa sociedade”, refere a presidente da autarquia, acrescentando, “tivemos o cuidado de procurar articular a estratégia e o desenvolvimento desta marca com a oposição, pois acreditamos que se trata de um valor municipal que deve ser duradouro e inclusivo e não de qualquer ato de mera propaganda política. Contamos, por isso, com todos nesta estratégia, sem exceção e sem conotações”, conclui.
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