“Inquietação com as voltas do mundo” reclama a liberdade e a democracia da obra de Aires Torres
Entre dança, música, teatro e vídeo, a poesia de Aires Torres ganha corpo depois de ter sido silenciada durante toda a sua vida: as palavras do Actor, poeta e ativista nascido em 1893 em Parada do Pinhão, Vila Real, chegam aos palcos com “Inquietação com as Voltas do Mundo”, reforçando a defesa da liberdade e da democracia.
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“Inquietação com as Voltas do Mundo” é o espetáculo que a companhia de dança “Esquiva” estreia a 4 de Junho no espaço Miguel Torga, em Sabrosa, Vila Real, e que percorre o País até ao Outono, desafiando o público a assistir ao cruzamento de várias linguagens artísticas para viajar pela obra do poeta e revolucionário Aires Torres.
Entre dança, música, teatro e vídeo, a poesia de Aires Torres ganha corpo depois de ter sido silenciada durante toda a sua vida: as palavras do Actor, poeta e ativista nascido em 1893 em Parada do Pinhão, Vila Real, chegam aos palcos com “Inquietação com as Voltas do Mundo”, reforçando a defesa da liberdade e da democracia em tempo de pandemia. Atravessando mais de um século de história, o espetáculo estreia em Vila Real para depois passar por Vila Nova de Gaia, Gondomar, Oeiras, Londres e Mondim de Basto.
“Aires Torres é a inspiração para a ativação de pensamento e questionamento atual que nos lembram, mais uma vez, que há lutas que temos que continuar a travar. A obra em que nos baseamos é de uma atualidade e reflexividade extenuantes, que se coadunam na perfeição com os tempos que estamos a viver. Assistimos sem inocência à queda de vários regimes democráticos, à emersão de ditaduras militares, de autocratas, e à imersão de valores éticos e morais explanados numa sociedade cada vez mais global e massificada. Temos uma inquietação natural com as voltas do Mundo”, destaca Mariana Amorim, bisneta de Aires Torres e Diretora da Esquiva – Companhia de Dança.
Com interpretação teatral e de dança de Tommy Luther e Huíla Samara, respetivamente, “Inquietação com as Voltas do Mundo” conta com coreografia, dramaturgia e produção de Mariana Amorim, a que se junta a composição e interpretação musical de Domingos Alves, a direção plástica e ilustração de Clara Rêgo e a direção técnica e desenho de luz de Eduardo Pousa para 65 minutos de espetáculo que, mais do que um regresso ao passado, é um olhar do presente.
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