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Holodomor

O Holodomor atingiu povos de repúblicas soviéticas diversas, desde a Ucrânia, ao Cazaquistão, passando pelo Cáucaso, entre diversos outros lugares e povos. A causa principal ficou a dever-se ao facto de os camponeses possuidores de terras terem recusado a ideia da coletivização das suas terras, bem como animais, alfaias, etc..

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Como se surgisse do nada, aí nos apareceu, no ambiente noticioso televisivo, o problema do Holodomor, recordado como algo de semelhante ao que está hoje a ter lugar na grande batalha da Ucrânia, sendo aquele apontado como um ato de genocídio contra o povo ucraniano. Um tema que cresceu desde que o Papa Francisco a ele se referiu.

Dentro da ampla biografia de que disponho, a verdade é que o tema do Holodomor é tratado de passagem. O que normalmente é referido, ao redor do desenvolvimento da implantação do comunismo soviético, são as fomes decorrentes das mudanças políticas implementadas à luz da construção do socialismo real.

Para os interessados, deixo, como recomendação, o que eu mesmo fiz: consultei, através do Google, a entrada em Holodomor, embora tenha encontrado um texto longo, cansativo e que nos mostra a imprecisão da ideia, bem como as mui diversas interpretações do que realmente se passou, tal como as suas motivações e as tomadas de posição de historiadores diversos do tema.

De igual modo, recomendo o visionamento das intervenções, na CNN Portugal, na noite deste passado sábado, do coronel Carlos Mendes Dias, com Cristina Reyna, e do major-general Car-los Branco, com Sara de Melo Rocha. Ambas mostraram que a ideia que vem sendo transmiti-da sobre o Holodomor, no sentido de ter sido uma tentativa de genocídio do povo ucraniano sob ordem de Estaline, não corresponde à realidade.

O Holodomor atingiu povos de repúblicas soviéticas diversas, desde a Ucrânia, ao Cazaquistão, passando pelo Cáucaso, entre diversos outros lugares e povos. A causa principal ficou a dever-se ao facto de os camponeses possuidores de terras terem recusado a ideia da coletivização das suas terras, bem como animais, alfaias, etc..

De resto, existiram momentos diversos de fome por esses lugares, como se pôde escutar do segundo dos militares atrás referidos. E também é essencial ter presente a forte seca que teve lugar, se não erro, em 1933.

Estou em crer – conheço pouco sobre o tema – que nunca se procurou exterminar povo algum, ucraniano, cazaque ou outro. Tudo terá derivado da reação violenta – e justa e natural – dos que se opunham à coletivização que havia sido posta em marcha na sequência da implantação do socialismo real na Rússia desse tempo.

Hoje, o que se passa na Ucrânia nada tem que ver com a exterminação do povo ucraniano, o que, de resto, seria completamente impossível. Nem Hitler, num tempo de grande isolamento internacional, conseguiu extinguir os judeus, o mesmo se dando com os arménios às mãos dos turcos. Até aquela ideia de exterminar os pretos, por via de uma vacina apontada com certa finalidade altruísta, que chegou a ser estudada sob a liderança de certo cientista sul-africano, de parceria com um georgiano e um ou dois ingleses, acabou por dar em nada.

O Papa Francisco chegou, em dado momento, a apontar a causa que certo político lhe explicou estar na base de se ter chegado a esta grande batalha da Ucrânia: a aproximação das estruturas da OTAN à fronteira da Rússia. Simplesmente, caíram-lhe em cima os comandantes do grande objetivo político ocidental – dos Estados Unidos, portanto –, que é o de desmante-lar a Rússia, de molde a poder deitar a mão mais facilmente às grandes riquezas da vastidão do território russo. Bom, Francisco lá teve de ceder.

Mais recentemente, o Papa surgiu com a referência ao Holodomor, logo tomado como um genocídio do povo ucraniano, e como uma referência ao atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Mas também surgiu agora – finalmente!! – a propor um diálogo com vista a encontrar a paz e a parar o sofrimento dos ucranianos, instando o Presidente Zelensky a seguir por esta via. E, como pude escrever ontem, é até simples encontrar uma solução, mas que exige pôr um termo nessa ideia norte-americana de desmantelar a Rússia. Um pouco de atenção e alguma memória, permitirão recordar como, no Ocidente, ninguém se determinou a tratar os tais 16 – ou 18? – laboratórios de tratamento de vírus, presentes na Ucrânia, por via de parcerias com os Estados Unidos…

Por fim, uma nota breve: é interessante perceber como as televisões são capazes de ir fabricando uma realidade virtual, situada a anos-luz de uma passagem histórica que nem se-quer é consensual. É à luz desta comunicação social livre que nos vimos impedidos de poder aceder ao sítio da Sputnik. Faz lembrar certo anúncio já de um outro tempo: eles lá sabem porquê…

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