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Filandorra inicia périplo pelas vilas e cidades do Douro

Depois de Mesão Frio, a Filandorra “navega por este douro acima” até Miranda do Douro, onde vai estar nos dias 26 e 27 de outubro com espetáculos para toda a comunidade escolar, desde o pré-escolar aos alunos do secundário.

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Depois das aldeias de Vinhais, a Filandorra inicia amanhã um périplo pelas vilas e cidades deste “nosso” Douro, com teatro para todos os públicos, dos oito aos oitenta, de autores como Agustina Bessa-Luís, Alexandre Parafita e Gil Vicente.

Para assinalar o centenário de nascimento de Agustina Bessa-Luís na região, a mais recente produção da Filandorra, “A memória de Giz”, vai estar amanhã, 25 de outubro, na Biblioteca Municipal de Mesão Frio, com sessões agendadas para as 10h45 e 14h30 para toda a comunidade escolar do concelho que vai “ver e envolver-se” na história de “um rapaz tão atrevido e mandrião cuja mãe não parava de lamentar-se pelos desgostos que ele lhe dava. Faltava à escola sempre que podia, e usava uma fisga para matar pardais; também com ela atirava pedradas à égua do Regedor…”.

Depois de Mesão Frio, a Filandorra “navega por este douro acima” até Miranda do Douro, onde vai estar nos dias 26 e 27 de outubro com espetáculos para toda a comunidade escolar, desde o pré-escolar aos alunos do secundário. Assim, os contos, lendas e mitos da tradição oral transmontana recolhidos pelo escritor e etnógrafo Alexandre Parafita e transpostos para o palco pela Filandorra no espetáculo “Diabos e Diabritos, num saco de mafarricos” são “contados e… cantados” às crianças das escolas de Miranda do Douro no dia 26 de outubro, quarta-feira, no âmbito da iniciativa “o teatro vem à Escola” que visa proporcionar às crianças a “descoberta” do mundo do teatro a partir do contacto directo com as dinâmicas de montagem de um espectáculo nomeadamente o cenário, o som, o guarda-roupa, etc. No dia seguinte a Filandorra proporciona aos alunos do 3º ciclo e secundário de Miranda do Douro verdadeiras aulas vivas sobre o teatro de Gil Vicente, com a representação de Auto da Barca do Inferno (10h30) e Farsa de Inês Pereira (14h30) no Miniauditório Municipal de Miranda do Douro. É o “regresso” da Companhia à “cidade museu de trás-os-montes”, numa aposta do Município em proporcionar às populações novas dinâmicas culturais através do teatro a partir do protocolo de cooperação com a Filandorra celebrado recentemente.

Na sexta-feira, 28 de outubro, a Filandorra “viaja por este douro abaixo” e em parceria com o Município de Lamego assinala o Dia Mundial da Terceira Idade no Teatro Ribeiro Conceição, com uma representação especial de “O Velho da Horta” de Gil Vicente para os utentes das IPSS e público sénior em geral, agendada para as 14h30. Proporcionar aos “nossos” idosos um espaço de partilha, bem-estar, convivência familiar e comunitária, combatendo assim o seu isolamento, é a base de partida para esta representação de “O Velho da Horta”, uma divertida comédia de Gil Vicente que conta a história de um Velho honrado e muito rico, de seu nome Fernandeanes, de alcunha O da Bota porque tinha a mania de calçar botas diferentes, que se enamora por uma moça, e a engano de uma alcoviteira perde a sua fortuna. O espetáculo repete-se à noite, pelas 21h30, para o público em geral.

No sábado, 29 de outubro, a Filandorra “regressa” a Mesão Frio, e leva a história de Fernandeanes, de alcunha O da Bota à aldeia de Vila Marim, no âmbito da iniciativa “Teatro nas Aldeias” que o Município está a promover em parceria com a Filandorra com o objetivo de descentralizar a cultura e de a levar a todo o Concelho. O Salão Paroquial é o palco do encontro e partilha entre a comunidade rural e a Filandorra a partir desta comédia vicentina.

“O périplo da Filandorra pelas vilas e cidades do Douro no outono, demonstra uma vez mais a dinâmica e diversidade da ação cultural da Filandorra na região, possível graças às parcerias firmadas com estes municípios do interior norte, que integram a nossa rede CARAS – Comunidades de Acolhimento e Residências Artísticas e que apostam neste colectivo teatral como entidade de destaque na dinamização e sensibilização cultural das suas populações”, refere fonte do Filandorra.

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Fonte desta notícia: Filandorra, Teatro do Nordeste

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