Informativo Digital de Trás-os-Montes e Alto Douro

Fibrilhação Auricular afeta cerca de 200 mil portugueses e é uma das principais causas de Acidentes Vasculares Cerebrais

Não é clara a razão pela qual algumas pessoas com Fibrilhação Auricular não têm sintomas. No entanto, a maior parte das pessoas descreve sintomas como sensação de palpitações ou batimentos descoordenados do coração, uma pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio ou perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.

1.157
André Reis

Dr. André Filipe Santos Reis, Médico de Família UCSP Santa…

Mais deste autor(a)

A Fibrilhação Auricular é a arritmia cardíaca mais frequente em todo o mundo. A sua prevalência aumenta com a idade, atingindo cerca de 10% da população com mais de 65 anos. Estima-se que a sua presença possa estar relacionada com até 30% dos casos de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

Alguns estudos indicam que esta condição aumenta em cinco vezes o risco de AVC, em três vezes o risco de insuficiência cardíaca e que duplica o risco de demência e morte.

Não é clara a razão pela qual algumas pessoas com Fibrilhação Auricular não têm sintomas. No entanto, a maior parte das pessoas descreve sintomas como sensação de palpitações ou batimentos descoordenados do coração, uma pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio ou perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.

O diagnóstico precoce continua a ser fundamental para um bom controlo desta arritmia e para evitar possíveis complicações. É também fundamental não esquecer de controlar outros factores de risco cardiovasculares, como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, promovendo uma alimentação equilibrada, a prática de exercício físico regular e a avaliação do ritmo cardíaco e das pulsações. Medir a pulsação através da palpação de uma artéria do pulso é uma manobra muito simples e que pode ser ensinada a todos em poucos minutos.

Por se tratar de uma das principais causas de AVC, um diagnóstico de Fibrilhação Auricular pode levar à prescrição de terapêutica anticoagulante, por forma a diminuir a capacidade de coagulação do sangue e assim reduzir a possibilidade de se formarem coágulos.

Até há alguns anos, os medicamentos habitualmente utilizados eram a Varfarina e o Acenocumarol. Contudo, actualmente existem já novos medicamentos disponíveis que vieram revolucionar este tipo de tratamento. Estes fármacos, denominados novos anticoagulantes orais, permitem uma maior comodidade e qualidade de vida aos doentes, uma vez que não é necessário efectuar qualquer controlo e têm muito poucas interacções alimentares, sendo por isso considerados como preferenciais neste tipo de patologia.

Os episódios de Fibrilhação Auricular podem desaparecer sem tratamento, no entanto, deve discutir com o seu médico o que fazer se ocorrer um episódio. Se sentir quaisquer sintomas desagradáveis que o façam sentir-se mal (como náuseas, dores no peito, desmaios, etc.), deve procurar assistência médica.

Publicidade

Este website usa cookies que permitem melhorar a sua experiência na internet. Pode aceitar ou recusar a utilização desta tecnologia Aceito Política de Privacidade