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Espetáculo Distante de Né Barros sobe ao palco do Teatro Municipal de Bragança no dia 24 de Fevereiro

Ao longo da peça Distante, terceira da série Paisagens, Máquinas e Animais, os bailarinos Afonso Cunha, Beatriz Valentim, Bruno Senune e Vivien Ingrams são jogadores, convocam técnicas e estética de uma forma de combate milenar, a esgrima, uma forma de combate que evoluiu para a dimensão de jogo e como forma evoluída de nos relacionarmos no corpo a corpo.

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A coreógrafa Né Barros, estreou no dia 17 e 18 de Fevereiro o espetáculo Distante – Paisagens, Máquinas, Animais no Teatro Municipal do Porto – Rivoli. Sobe agora ao palco do Teatro Municipal de Bragança no dia 24 de Fevereiro pelas 21h00.

Distante a terceira peça do ciclo Paisagens, Máquinas, Animais, que se iniciou com IO (2019) e prosseguiu com NEVE (2022), conta com música de Alexandre Soares e cenografia de FAHR 021.3.

Ao longo da peça Distante, terceira da série Paisagens, Máquinas e Animais, os bailarinos Afonso Cunha, Beatriz Valentim, Bruno Senune e Vivien Ingrams são jogadores, convocam técnicas e estética de uma forma de combate milenar, a esgrima, uma forma de combate que evoluiu para a dimensão de jogo e como forma evoluída de nos relacionarmos no corpo a corpo. O corpo-máquina deverá, sobretudo, seguir esta linha, ser capaz de moldar o instinto e dar-lhe uma nova vida ética. A máquina, neste sentido, é a possibilidade de através da técnica e do tecnológico, expandir o corpo e o lugar sem o territorializar, quase numa mensagem antiguerra.

Distante pela dimensão ética perante o outro, distante por um tempo pautado pela repetição, um tempo maquinal usado sobretudo para rememorar. A motivação para fazer uma série de projetos em torno das paisagens, máquinas e animais, surge da necessidade de pensar uma peça que não se esgotasse num único espetáculo, mas que pudesse dialogar com outras obras.

A recorrência da paisagem e do corpo como paisagem nos meus projetos, mesmo não sendo sempre de uma forma óbvia, determinou este ciclo de trabalho que se iniciou com IO, prosseguiu com Neve e terá esta terceira parte com Distante. Esta aventura ficcional, deve resultar num diálogo inter-peças e intra-peça.

Paisagens, Máquinas e Animais, os conceitos aqui envolvidos, evidenciam três pontos de fuga na definição do humano e, simultaneamente, abrem-se como categorias para pensar o corpo performático. Em todas as peças, estas dimensões estão presentes e cruzem-se, embora, o ponto de partida para cada uma se situe, respetivamente, em cada uma das dimensões. Se em IO o corpo convoca o animal e o mitológico, o primitivo e o tecnológico, em Neve, emerge a paisagem nas suas variantes, ou seja, paisagem como o fora, o exterior, o indivíduo como paisagem inteligente, a paisagem emotiva e sonora, a imagem filmada como paisagem narrativa.

Em Distante, parte-se da ideia de um corpo-máquina que permita trabalhar nesse paradoxo do distante-próximo e que parte da técnica como ferramenta fundamental de humanização.

Esta peça conta com a Coprodução do Teatro Municipal do Porto e Balleteatro, Media Art de João Martinho Moura, Desenho de luz de Nuno Meira, Esgrima por José Luís Guimarães, Produção executiva de Tiago Oliveira, Difusão por Andreia Fraga, apoio ESGRIMA | Sport Club do Porto e um agradecimento especial a Filipe Melo.
Os Bilhetes têm o valor de 6€ e podem ser adquiridos na Ticketline .

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