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Dourogás renovável procede à primeira injeção de biometano 100% renovável em Mirandela

A cerimónia contou com a presença do Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e do Secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, que assinalaram a primeira injeção de biometano 100% renovável na rede de gás natural no país. Iniciativa foi desenvolvida no âmbito do Biogasmove, projeto pioneiro desenvolvido pela Dourogás Renovável e financiado pelo Fundo de Apoio à Inovação.

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Realizou-se ontem na Unidade Autónoma de Gaseificação (UAG) de Cachão / Centro de Competências de H2 e Gases Renováveis, em Cachão, Urjais, no concelho de Mirandela, a primeira injeção de biometano na rede de gás natural em Portugal.

A cerimónia, que teve lugar no âmbito do Biogasmove, projeto pioneiro desenvolvido pelo Grupo Dourogás, contou com a participação de Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, e do Secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, que assinalaram o início da transferência do biometano 100% renovável para a rede de gás natural instalada em Mirandela. No momento participaram o Presidente do Grupo Dourogás, Armando Afonso Moreira, Nuno Moreira, Presidente Executivo do Grupo Dourogás, e o Presidente da Resíduos da Nordeste, Hernâni Venâncio Dias, parceira da Dourogás, nesta iniciativa pioneira em Portugal.

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Dourogás renovável procede à primeira injeção de biometano 100% renovável em Mirandela

Inovador projeto desenvolvido pela Dourogás Renovável na localidade transmontana, o Biogasmove tem como principal objetivo participar e contribuir para o processo de descarbonização que a economia nacional necessita através da afirmação dos gases renováveis, nomeadamente, do biometano 100% renovável que, além de ter uma composição muito semelhante à do gás natural – não implicando por isso intervenções na atual rede para que possa ser introduzido na rede existente – , é um combustível renovável, armazenável, limpo, eco sustentável e economicamente viável é, também, uma alternativa aos combustíveis fósseis.

Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, sublinhou que “Em Portugal, a produção de biogás por digestão anaeróbia tem especial interesse se realizada a partir de três matérias-primas ou fluxos residuais: fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos, lamas de ETAR e efluentes agropecuários. Até 2026, queremos promover o mercado do biometano como uma forma sustentável de reduzir as importações de gás natural utilizado nos setores industrial e doméstico. E também o queremos fazer na mobilidade – o custo do biometano é de cerca de metade do custo do gasóleo e da gasolina.” O Ministro destacou ainda os gases renováveis como “uma oportunidade para posicionar Portugal como um ator relevante no setor energético à escala europeia e internacional”, afirmando que, “Se queremos acelerar a transição energética e a descarbonização da economia já na próxima década, o País tem de apostar na produção e na incorporação de volumes crescentes destes gases. São estes que vão substituir os combustíveis fósseis nos setores da economia em que a eletrificação não seja custo-eficaz ou tecnicamente viável. Os efeitos das energias renováveis não se restringem às dimensões ambiental e energética, pelas emissões evitadas e pela redução da dependência energética do exterior. A transição energética é central para o crescimento económico: o aumento do investimento proporciona a criação de mais e melhor emprego.”

Por sua vez, Nuno Moreira, Presidente Executivo do Grupo Dourogás, salientou que “esta primeira injeção de biometano na rede de gás natural em Portugal é absolutamente histórica, constituindo mais um passo fundamental no sólido caminho que a Dourogás GNV tem feito, através do seu projeto pioneiro Biogasmove, no sentido de contribuir para o processo de descarbonização da economia nacional em curso, nomeadamente no setor dos transportes e mobilidade, que ainda tem muito trabalho pela frente para diminuir cada vez mais a utilização de combustíveis fósseis”.

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Dourogás renovável procede à primeira injeção de biometano 100% renovável em Mirandela

O projeto Biogasmove, financiado pelo Fundo de Apoio à Inovação (atualmente Fundo Ambiental), representa uma assinalável aposta da Dourogás Renovável, empresa portuguesa empenhada e comprometida no processo de descarbonização da economia nacional. Projeto, alicerçado na inovação com selo nacional, representa uma notável evolução a nível tecnológico na utilização do biogás em Portugal, nomeadamente como combustível para transportes, representando ainda um exemplo acabado da chamada economia circular: do biogás, proveniente de uma central de valorização orgânica (a partir da digestão anaeróbia de resíduos orgânicos), foi testado um processo de conversão do mesmo em biometano 100% renovável para ser utilizado como combustível para transportes – o projeto assentou na comparação da performance dos motores de camiões de recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) movidos a Gás Natural Comprimido (GNC) e a biometano.

Segundo Nuno Moreira, “a inovação que desenvolvemos na Dourogás, desenvolvida em Portugal e com assinatura portuguesa, tem como grande objetivo assegurar alternativas sustentáveis para a mobilidade do futuro, centrada nos gases renováveis, nomeadamente o biometano, sempre no sentido de promover ganhos ambientais, mais e melhor sustentabilidade e ajudar na transição energética, ao mesmo tempo gerando valor económico para as empresas e para o país. O projeto Biogasmove, a par com os projetos Solargasmove e Hidrogasmove – que temos em desenvolvimento com a Águas do Tejo Atlântico e a partir dos quais é possível produzir, além de biometano 100% renovável, hidrogénio verde e e-metano, originados no biogás produzido pelas lamas de ETAR – são exemplos disso mesmo”.

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