“Debaixo da nuvem negra da DGartes”, Filandorra faz teatro no interior do país durante a época natalícia
O ciclo de atividade teatral da Filandorra em 2022 “encerra” a 21 de dezembro, em Vinhais, com a primeira apresentação pública do projeto artístico que a Companhia está a desenvolver desde setembro naquele concelho no âmbito do Programa Cultura Para Todos - Inclusão social pela cultura na área do Teatro e Artes Performativas
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Na quadra mais especial e aguardada do ano, a Filandorra presenteia as populações do “interior profundo”, levando o Teatro e a Cultura a zonas do país mais carenciado e desertificado. Em jeito de “prenda de natal” antecipada, a Companhia vai proporcionar uma experiência diferente e enriquecedora às crianças de todas as idades de cinco concelhos do interior norte: Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, Vila Flor, Vila Real e Vinhais.
Os Músicos da Aldeia… Natal, uma adaptação do clássico da literatura para a infância da autoria dos Irmãos Grimm, que celebra o valor da amizade e a importância de ter amigos e que a Filandorra recuperou para a época natalícia, é um dos espetáculos que a Companhia “leva na bagagem” para partilhar com o público o espírito de solidariedade, união e amizade a partir da história de quatro animais, o burro, o cão, o gato e o galo que velhos e cansados, decidem fugir dos seus donos (que os queriam matar) e partir para a cidade para integrarem a Fanfarra Municipal. Os quatro músicos vão contar a sua história no dia 16 de dezembro a todas as crianças da rede escolar do pré-escolar e 1º ciclo do concelho de Miranda do Douro, no âmbito da iniciativa Tierra Natal, promovida pelo município mirandês e que vai ter lugar no Largo do Castelo às 11h00 e 14h45.
Com a mesma alegria e espírito de natal, no dia 17 de dezembro Os Músicos da Aldeia… Natal viajam até à vila raiana de Freixo de Espada a Cinta e apresentam-se no Auditório Municipal, pelas 17h00, numa sessão destinada a toda a família, dos oito aos oitenta, e os alunos das Oficinas de Teatro que a Filandorra está a dinamizar. Na tarde de domingo, 18 de dezembro, a Filandorra tem encontro marcado com as comunidades rurais do concelho de Vila Flor, nomeadamente com as populações das aldeias de Freixiel e Vilas Boas. O Centro Cultural de Freixiel (15h00) e a Sede da Junta de Freguesia de Vilas Boas (16h00) vão ser o palco de encontro, convívio e partilha num espetáculo aberto a toda a comunidade, numa iniciativa apoiada pelo Município de Vila Flor que visa aproximar as suas populações com a arte do teatro, proporcionando uma experiência diferente e enriquecedora a partir do teatro enquanto arte universal de todos e para todos.
Levar alegria e esperança aos que mais precisam é o mote para a atividade “Contos à Solta” que a Filandorra está a preparar para a manhã do dia 20 de dezembro a realizar em vários espaços do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro – CHTMAD. Neste “Contos à Solta”, os atores da Filandorra vão “oferecer” sorrisos aos utentes dos serviços de oncologia, pediatria e consultas externas, numa interação direta entre a literatura e a memória cultural, a partir da obra de Alexandre Parafita “Diabos e Diabritos…num saco de mafarricos”.
O ciclo de atividade teatral da Filandorra em 2022 “encerra” a 21 de dezembro, em Vinhais, com a primeira apresentação pública do projeto artístico que a Companhia está a desenvolver desde setembro naquele concelho no âmbito do Programa Cultura Para Todos – Inclusão social pela cultura na área do Teatro e Artes Performativas. Os cerca de 20 elementos que integram o projeto apresentam-se pela primeira vez ao público com a performance “História de Uma Boneca Abandonada” de Alfonso Sastre, numa adaptação e encenação de Débora Ribeiro com a Direção Artística de David Carvalho, que guia o espectador numa reflexão sobre a importância de cuidar e dar valor às coisas, sobre a importância do amor e da justiça.
“Aqui está a prova de que nestes territórios se trabalha de forma abrangente com todos os públicos, numa verdadeira descentralização e em empatia absoluta com a região, desafiando ironicamente o Senhor Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, a comungar connosco a sua empatia pelas Companhias com projetos elegíveis, mas sem financiamento por parte da DGartes, até ver. Lá para o Dia de Reis, esperemos “cantar-lhe” os reis à moda de Trás-os-Montes, lembrando ao Senhor Ministro da Cultura que a região também é Portugal“, diz David Carvalho, Director Artístico da Filandorra, Teatro do Nordeste.
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