De falhanço em falhanço, prosseguem as sondagens
Sem um ínfimo de fundamento lógico, ou científico, a verdade é que já duvidava do que se vinha relatando no domínio destas mais recentes sondagens. E isto apesar de ter em conta o modo franquista de uma boa parte da população espanhola. E mesmo tendo presente que a atual juventude, desconhecedora do passado histórico de Espanha e muito marcada pela falta de perspetivas capazes de um futuro estável, mostra alguma tentação em seguir os gritos com mais decibéis.
Lá nos surgiram, finalmente, os resultados das eleições gerais de Espanha, que nos permitiram perceber o que já muitos esperavam: falharam, mais uma vez, as previsões das sondagens. Um resultado que mostrou que o velho ditado popular de que não há uma sem duas deve ser atualizado: cada nova sondagem comporta, quase certamente, mais um falhanço.
Sem um ínfimo de fundamento lógico, ou científico, a verdade é que já duvidava do que se vinha relatando no domínio destas mais recentes sondagens. E isto apesar de ter em conta o modo franquista de uma boa parte da população espanhola. E mesmo tendo presente que a atual juventude, desconhecedora do passado histórico de Espanha e muito marcada pela falta de perspetivas capazes de um futuro estável, mostra alguma tentação em seguir os gritos com mais decibéis.
Sem espanto, fiquei deveras deliciado com a cara de muitos dos que nos iam chegando pelos canais televisivos, depois de terem sonhado, por longos dias, com uma maioria absoluta do PP, a governar no futuro, com ou sem o VOX. Foi enorme a graça que me acometeu com aquela saída de André Ventura, de que, um dia, essa vitória chegará. Mas porquê um dia, e não uma semana, um mês, um ano, ou mesmo umas décadas?! Enfim, perante um tal fracasso eleitoral, o melhor, de facto, é continuar a sonhar: sempre é o melhor remédio.
A verdade é que estas eleições também nos trouxeram a confirmação de uma metodologia há muito desacreditada: as sondagens deixaram de ter um significado mínimo. E a causa é, para mim, razoavelmente simples de ser encontrada: tem crescido o medo no seio das sociedades, o que faz com que boa parte das pessoas fuja a expor o seu real posicionamento político. Temos a democracia, mas o medo cresceu a olhos vistos…
Para já, a Espanha tem todas as possibilidades de continuar a viver num clima de modernidade, que se deseja que contribua com objetivas melhorias para a qualidade de vida dos cidadãos e lhes mostre uma garantia de estabilidade pessoal e familiar. O futuro, esse, só depende da classe política.
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