Artes de Rua regressam à cidade de Vila Real
O ciclo de artes de rua entrelaça-se semanalmente com e complementa o programa Do Lado do Verão, do Teatro Municipal, que decorre também maioritariamente ao ar livre, nos espaços exteriores do Teatro, e é constituído por concertos no Auditório Exterior e na Praça Cénica e cinema ao ar livre.
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A partir da próxima sexta-feira, as artes de rua estão de volta a Vila Real, com mais um excelente programa, na linha dos melhores desde que este tipo de programação se tornou regular na cidade, em 2016. Espectáculos de teatro, novo circo e transdisciplinares farão das noites de sexta-feira e das manhãs de sábado momentos de fascínio em diferentes lugares do centro histórico: do Largo da Capela Nova à Praça do Município, do Largo de S. Pedro à Vila Velha e ao Jardim da Carreira. (Haverá ainda um espectáculo no Largo N.ª Sr.ª da Conceição.)
Este ano, o ciclo de artes de rua de Vila Real tem duas componentes: o habitual ARRUADA combina-se com o programa SOMOS PATRIMÓNIO, um projecto de programação em rede apoiado pelo Norte 2020 que tem como parceiros os Municípios de Vila Real, Bragança, Espinho e Arcos de Valdevez. Com este programa procura-se, para além da fruição artística por parte do público, promover a visita ao património arquitectónico do centro histórico da cidade. É, assim, um programa para os residentes no concelho e na região, mas também um cartaz para atrair visitantes e proporcionar experiências artísticas estimulantes, no contexto específico desta cidade transmontano-duriense, para os turistas que escolham a região como destino de férias ou de visita de fim-de-semana.
Ao todo estão agendados 15 espectáculos, com quatro companhias espanholas, uma italiana e dez portuguesas (incluindo algumas das mais relevantes nesta área artística). Os espectáculos são de entrada livre e realizam-se ao longo de oito fins-de-semana, de 8 de Julho a 27 de Agosto. A opção de realizar um ciclo estendido no tempo em vez de concentrar os espectáculos num grande festival de um só fim-de-semana tem precisamente que ver com a intenção de tornar a cidade atractiva e com propostas de programa para turistas durante todo o Verão.
O programa cruzado do Arruada e do projecto Somos Património é de entretenimento garantido, mas através de espectáculos onde a destreza ou o humor estão também, sempre, impregnados de intenção estética e artística. O teatro físico e o circo são as disciplinas dominantes e através deles somos convidados a entrar em histórias e experiências de diferentes personagens, cativantes para públicos adultos e a maioria delas também para públicos infanto-juvenis.
Há evocações patrimoniais em alguns dos espectáculos, como em “Poi” — que funde as artes do circo com o popular jogo do pião, uma tradição mediterrânica milenar — ou em “Covilhetes e Pucarinhos” — um espectáculo audiovisual que parte da recolha sonora e videográfica inspirada no Barro de Bisalhães e na tradição dos covilhetes.
Procurou-se ainda o envolvimento de colectividades locais, designadamente no espectáculo “Lúmen”, que implica a participação de mais de 30 pessoas na manipulação de marionetas iluminadas gigantes e de uma dúzia de músicos numa pequena banda de sopros. “Lúmen” é também um cortejo que parte das imediações do Largo do Pelourinho, sobe ao Tribunal e desce a Avenida, antes da representação final na Praça do Município. A parte musical é assegurada por elementos da Acrolatin e da Orquestra de Jazz do Douro e para a manipulação das marionetas estão a ser convidadas as associações Mérito Rebelde, de Abaças, e Águias da Laje, Mouçós.
Com a excepção de um fim-de-semana, os espectáculos têm lugar à sexta à noite, às 22h00, e ao sábado de manhã, às 11h00.
O ciclo de artes de rua entrelaça-se semanalmente com e complementa o programa Do Lado do Verão, do Teatro Municipal, que decorre também maioritariamente ao ar livre, nos espaços exteriores do Teatro, e é constituído por concertos no Auditório Exterior e na Praça Cénica e cinema ao ar livre.
Significa isto que a programação de artes performativas em Vila Real não pára, assegurando uma vida cultural intensa, variada e continuada, que faz desta cidade uma das mais dinâmicas no país no conjunto de cidades análogas.
No Auditório Exterior decorre durante o mês de Julho um pequeno périplo pelas variantes da cultura lusófona, com concertos da brasileira Mallu Magalhães, da angolana Aline Frazão, do cabo-verdiano Mario Lucio (que convida a guineense Nancy Vieira), e dos portugueses Criatura e Maro, a representante de Portugal no mais recente festival da Eurovisão.
Na mudança para Agosto, inicia-se o ciclo Clássicos de Verão, com música clássica ao ar livre. O programa, com 4 concertos, inclui a Orquestra de Cordas e alguns Ensembles da Douro Strings Academy (academia que decorre em paralelo no Teatro) e um Ensemble da Banda Sinfónica Transmontana. Há ainda um concerto no Grande Auditório pela Orquestra Estágio da Gulbenkian, dirigida pela conceituada maestrina Joana Carneiro.
As noites de Verão pedem também cinema ao ar livre e este ano a proposta é uma revisitação de alguns clássicos de várias eras, de Charlie Chaplin, a Michael Radford, passando por Jacques Tati e Federico Fellini.
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